sábado, 31 de maio de 2014

Acerca do aperreio da escrita...


Acerca do aperreio da escrita, o grande prefeito de Palmeiras dos Índios, Graciliano Ramos, escreveu:  

" (....) Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. 

 Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. 

 Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer (....)"

Aplicando cada lição dessa na labuta diária...Com adendos:

- Abro e-mails (Facebook etc) só depois de 1.000 palavras escritas (pelo menos);
- Quase sempre nas primeiras horas da manhã (seja terminando ou começando o dia);
- Troco o cigarro por copos de água :);
- Não gosto de escrever em mesa ... Faço isso em vários lugares da casa, mas tem um canto favorito. Quando estou no trabalho é mais difícil de concentrar. Assim, escrevo memorandos, e-mails e tudo o mais relacionado ao trabalho.

Em frente! O lapidar de alma está cada vez mais difícil...

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Prefiro um "drink" de cicuta...

Quando sonhei a academia já imaginava esta como uma comeia de muitos a alimentar a rainha...Quando me deparei com uma realidade acaica, pós "serra-da-barriga" e nesta, atentanto-se contra a liberdade de expressão e a coisa pública, enxerguei à labuta como mais pedregosa do que aquela onírica.
Entre o dito e o não dito, o novo acadêmico é um bicho jocojo...diria enjoado; Em suas camisinhas de marca ianque, trança corredores arrotando a soberba de quem chega para colonizar.
A soberba acadêmica dos bons costumes pelo desbravar de ideias é suplantada por aquele ignorante que busca nas ciências exatas e engenharias explicar o que precsa ser feito.
Na academia sonhada, os feitos eram contra-pontos para mazelas futuras; hoje, na academia, os feitos são moeda de troca e os inglórios, espreitam páginas de relacionamentos pessoais à moda de Yago.
Como disse ainda a menos de 24 horas: - Prefiro à cicuta dos princípios ao engolir de esturros absurdos e martelos torpes.

Aqueles que não temem abrir a boca são temidos como Leônidas, apesar dos seus apenas 300 (ou, no meu caso, "de 1").

Não tenho Príamos ou Hécubas que chorem o meu cadáver, mas prefiro agir à moda Heitor do que as artimanhas Ulissininas e os seus cavalos gregos.

Na academia, o embuste não tem lugar!

Em frente!